Revista de Villegagnon

Mensagem do Comandante

Adriano Marcelino Batista — 2024-08-19

Mensagem do Comandante.

Sumário

Revista de Villegagnon — 2024-08-19

Sumário

Radares (LPI) e os desafios para os equipamentos de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE)

Jorge Amaral Alves — 2024-08-19

A evolução tecnológica dos sistemas e sensores empregados nas guerras atuais torna imperativo o desenvolvimento de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica de um país. Especificamente, o emprego de tecnologias inovadoras em sistemas modernos de Guerra Eletrônica (GE) radar resulta em ponto de inflexão nos resultados dos combates. Tais tecnologias inovadoras permitem o emprego mais eficaz da GE radar, uma vez que viabilizam, por exemplo, o emprego de técnicas modernas de Inteligência Eletrônica (ELINT – Electronic Intelligence) que são baseadas em algoritmos complexos de processamento digital de sinais, como, por exemplo, a Transformada de Fourier de Tempo Curto (STFT – Short Time Fourier Transform). Estas tecnologias inovadoras permitem a análise no domínio da frequência, em tempo real, dos sinais radar recebidos pelo equipamento de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE). A Figura 1 apresenta o equipamento MAGE Defensor desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), atualmente instalado na Cv Barroso, cujo projeto encontra-se sendo alterado a fim de dotar as futuras Fragatas Classe Tamandaré (FCT).

Desempenho da manutenção de navios de guerra: oportunidades para auditoria operacional

Henrique Mansur Anache — 2024-08-19

A manutenção de um navio de guerra é um processo complexo, que envolve reparos, substituição de peças e modernização de equipamentos, e o desempenho desse processo tem relação direta com a prontidão de uma marinha, pois a duração da manutenção afeta a disponibilidade de navios. Por outro lado, a avaliação desse processo, por meio de auditorias operacionais3, contribui para o seu melhor desempenho e, em consequência, para a prontidão da força naval, bem como pode gerar economias financeiras à Marinha. A exemplo de auditorias operacionais conduzidas pelo United States Government Accountability Office (GAO), órgão do Congresso dos Estados Unidos responsável pelos serviços de auditoria, sobre a manutenção de navios da Marinha dos Estados Unidos, há oportunidades para a realização de trabalhos congêneres em outras marinhas, em especial, para avaliar o desempenho da manutenção e seu efeito na
disponibilidade de navios e na prontidão.

A Panther, o Tartu e a Mobilidade

Pedro Gomes dos Santos Filho — 2024-08-19

No decorrer do século 20, dois navios, navegando escoteiros, mobilizaram navios da Esquadra brasileira, que receberam ordem de suspender para irem de encontro a esses navios em atitude nada amistosa. Os dois episódios, ocorridos com diferença de quase 60 anos, proporcionaram lições sobre a importância da característica do Poder Naval denominada Mobilidade. Este trabalho pretende descrever sucintamente o que aconteceu durante as crises que envolveram a canhoneira alemã Panther e o contratorpedeiro francês Tartu e registrar as lições recolhidas nesses eventos com relação à necessidade de um país dispor de uma Força Naval com a mobilidade necessária para fazer frente aos desafios que possam surgir.

Sistemas de armas das Fragatas Classe Tamandaré: um salto tecnológico e estratégico

Miguel Angelo de Santana Portella — 2024-08-19

O Brasil, como um país de dimensões continentais, apresenta um litoral de quase 7.500 quilômetros de extensão e uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE)
de aproximadamente 3,6 milhões de quilômetros quadrados. Cerca de 95% do comércio externo do país é escoado por via marítima. Além dessa, outras diversas atividades de grande relevância econômica são realizadas em seu litoral, fora a imensidão de riquezas naturais contidas na região (WIESEBRON, 2013).

Desvendando a Etrúria

William Carmo Cesar — 2024-08-19

Tenho a Itália na alma. Meu avô materno, nascido em 1878 em San Giovanni a Piro, na região da Campania, ao migrar para o Brasil em 1898, trouxe daquela histórica e charmosa península mediterrânea parte de minhas raízes profundas.

Em 1976, tive a satisfação de visitá-la pela primeira vez a bordo do Navio-Escola “Custódio de Mello”, quando fizemos escala em Civitavecchia, o Porto de Roma. Dessa pequena e histórica cidade, podemos nos dirigir com facilidade até a capital italiana, em curta viagem de trem de cerca de uma hora e meia. Tive, então, a oportunidade de conhecer a beleza e o esplendor da Cidade Eterna e também do Vaticano, privilégio que se repetiu no ano seguinte,
levado pelo mesmo navio. Uma visitação esplêndida e imperdível!

Ciência, tecnologia e inovação nas academias militares – desafios em um cenário de transformação global: breves considerações

Luís Odair Azevedo Gomes Raymundo — 2024-08-19

Muito se discute nos dias atuais o assunto “Ciência, Tecnologia e Inovação” (CT&I). Embora esteja longe de ser um tema de discussão contemporânea,
pois o processo científico é intrínseco à história da humanidade, sua atual popularização tem razões de ser.
Em primeiro lugar, pela revolução trazida pelo mundo digital. O acesso ao conhecimento ficou aceleradamente mais fácil e rápido.
Em segundo lugar, pela dinâmica trazida pelo mundo “confesso capitalista”, advindo da queda do Muro de Berlim em 1989, ainda que não adentrando em discussões sobre sistemas econômicos comparados. Esse marco histórico trouxe outro dinamismo recorrente para a busca de novas soluções, a reboque da busca de novas formas de renda, algo que somente CT&I pode trazer.
Em terceiro lugar, pela onda que move seres humanos em processos de descobertas, e essa referência se faz quando se veem proliferados os eventos de
start-ups em todo o mundo, as incubadoras nas universidades e convênios entre a iniciativa privada e centros acadêmicos, dentre tantas outras razões.

O emprego do CIWS na Marinha do Brasil

Pedro Emanuel Carneiro Marinho da Rocha — 2024-08-19

Apesar das novas invenções e avanços tecnológicos, desde o início da Guerra Fria, o míssil é uma das principais armas encontradas a bordo das be-
lonaves em todas as marinhas do mundo. Até que essa tecnologia seja substituída e se torne obsoleta, é impensável que os navios de guerra não tenham um armamento ou uma contramedida eficiente para contrapô-lo.
Destarte, o presente trabalho busca verificar se a Marinha do Brasil (MB) detém em seus navios um sistema de defesa condizente com a guerra naval na era do míssil. O propósito colimado será obtido abordando o sistema de defesa de ponto Close-In Weapon System (CIWS), uma das principais contramedidas que um navio de guerra possui na atualidade.
Serão analisados a evolução histórica dos sistemas de defesa de ponto e casos de combates navais em que eles foram empregados. Além disso, serão apresentados dados estatísticos de eficiência dos sistemas existentes e será realizada uma análise técnica, buscando encontrar o sistema que melhor supra as necessidades da MB, sob o ponto de vista tático.

Armamentistas de escol – 2ª parte

Pedro Gomes dos Santos Filho — 2024-08-19

Na 9ª edição da Revista de Villegagnon (2014), foi publicado o artigo “Armamentistas de escol”, que contava a história dos oficiais considerados
os “Pais” da artilharia moderna das marinhas da Inglaterra e dos Estados Unidos: os Almirantes Sir Percy Scott e William Sowden Sims. Ao reler o artigo recentemente, surgiu a pergunta: Quem seriam os armamentistas de escol da Marinha do Brasil? É certo que, se formos considerar os melhores do século 19, vão figurar nomes conhecidos como Custódio de Mello, Wandenkolk, Artur Silveira da Motta e, sem dúvida, o Patrono da Artilharia Naval, Henrique Antônio Baptista. Mas quais nomes de oficiais de outra geração poderiam figurar como grandes armamentistas?

O presente artigo pretende responder essa pergunta, pedindo desculpas com antecedência pela possibilidade de cometer alguma injustiça com outros abnegados Oficiais, que se dedicaram com empenho às lides do armamento naval.

A trigonometria esférica como solução para a navegação astronômica

Luiz Fernando da Silva Bezerra — 2024-08-19

Este artigo, baseado na obra “A Trigonometria Esférica como solução para a Navegação Astronômica” – Editora Dialética, do autor, tem como proposta principal apresentar alguns tópicos e comentários acerca de conceitos fundamentais descritos no livro.

Serão sintetizadas algumas das principais seções do livro que, mesmo sem o aprofundamento matemático necessário, conseguirão mostrar a linha de raciocínio para as principais demonstrações e conclusões obtidas na navegação astronômica.

Solução analítica de equações diferenciais por algoritmos evolucionários de inteligência artificial

Waldir J. A. Lobão — 2024-08-19

É de amplo conhecimento que um número expressivo de projetos de pesquisa realizados por diversas áreas do conhecimento científico utiliza-se de modelos matemáticos que são formulados, parcialmente ou integralmente, por equações diferenciais. No entanto, dada a complexidade dos modelos propostos, os seus formuladores quase sempre se deparam com problemas de difícil solução e com solução analítica desconhecida. Nesta situação, o
procedimento usual é a obtenção de uma solução através de métodos numéricos. Contudo, grande parte destes projetos objetivam resultados maiores e usam as equações diferenciais para tentar descrever o comportamento dinâmico de variáveis que são objetos centrais destas pesquisas. Nestes casos, certamente, a solução numérica não é suficientemente completa para dar aos pesquisadores as respostas requeridas para as suas avaliações. Faz-se necessário o conhecimento da solução na sua forma literal, pois esta permite a realização de importantes e diferentes tipos de análises, tais como: estáticas comparativas; conhecimento da magnitude de efeitos parciais e elasticidades; estudos de estabilidade e estacionariedade; etc.

Com a motivação de tentar contribuir com novos métodos que ajudem a dirimir os problemas acima citados, o objetivo principal deste estudo é investigar o potencial de algoritmos computacionais, construídos a partir da combinação das técnicas de diferenciação automática e programação genética (DAPG), na obtenção de soluções analíticas para complexos problemas de equações diferenciais ordinárias (EDOs) e parciais (EDPs). Com essa
finalidade, e utilizando o ambiente de programação Matlab, diversos algoritmos foram elaborados e soluções analíticas para diferentes problemas de EDOs e EDPs foram determinadas. Os resultados do trabalho são promissores, com soluções exatas obtidas para a grande maioria dos problemas abordados e que, empiricamente, atestam a consistência e robustez da metodologia desenvolvida.

Estudo de correlação entre composição corporal e testes de aptidão física em Aspirantes da Escola Naval da Marinha do Brasil que praticam a modalidade atletismo: velocistas, saltadores, fundistas e lançadores

Marcelo Henrique Vinci Borges — 2024-08-19

A proposta do trabalho apresentado originou-se no convívio e na observação da prática de atividade física dos Aspirantes da equipe de Atletismo da
Escola Naval da Marinha do Brasil, situada no Rio de Janeiro-RJ. Os militares realizam 2 testes físicos específicos no ano, para verificar o condicionamento
e terem um conceito que irá corroborar no índice de oficialato. O teste físico (TF) é composto por corrida (12 minutos), natação (200 metros), barra (máximo) e abdominais (máximo um minuto). Assim, replicando outros estudos, pretendemos, numa amostra do grupo supracitado, estudar as correlações existentes entre o somatótipo, a composição corporal e a performance no TF.

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