Dois navios com três nomes
Resumo
A primeira história é a do Encouraçado Aquidabã
e começa na sua construção, em 1885, quando foi ob-
jeto de desavenças entre o Barão de Ladário, José da
Costa Azevedo, fiscal da construção, e o primeiro Co-
mandante do navio, Custódio de Mello. O motivo das
discordâncias foi o encouraçamento do navio conside-
rado inadequado pelo Comandante, que o classificou
como “Encouraçado de Papelão”. Tempos depois, as
diferenças entre as autoridades navais continuaram. O
Barão, no cargo de Ministro da Marinha, recusou pa-
gar as despesas com as festas oferecidas às autoridades
chilenas durante a Viagem de Instrução realizada pelo
Cruzador Almirante Barroso, comandado por Custó-
dio. O Ministro, aborrecido com o valor das despesas
e provavelmente influenciado por desagradáveis lem-
branças, determinou que os gastos fossem descontados
dos vencimentos do Comandante. Com a chegada da
República e a saída de cena do Barão, a ordem não
surtiu efeito.