Revista da EGN http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br./index.php/revistadaegn <p style="text-align: justify;">A Revista da Escola de Guerra Naval (EGN) é uma publicação trimestral vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos (PPGEM). A revista é uma publicação revisada por pares, sem fins lucrativos, especializada em artigos acadêmicos e resenhas de livros no campo da Defesa. A linha editorial centra-se em trabalhos que contribuam para o desenvolvimento de um pensamento estratégico nacional no domínio da Defesa, nomeadamente no que diz respeito à Autoridade Marítima. Todos os artigos apresentados são revisados por pares e submetidos à aprovação dos membros do Conselho Editorial ou do Conselho Consultivo. Quaisquer sugestões de alterações de conteúdo serão acordadas com o autor antes da publicação. Todos os manuscritos devem ser originais e não devem ter sido submetidos para publicação em outro lugar enquanto estavam sob avaliação do Naval War College Journal. A revista permite a submissão de artigos, em português, inglês e espanhol, de forma contínua, exceto para números temáticos. A submissão é exclusivamente através deste site.</p> <p><strong>ISSN eletrônico:</strong> 2359-3075&nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;<strong> ISSN impresso:</strong> 1809-3191</p> Superintendência de Pesquisa e Pós-graduação - SPP pt-BR Revista da EGN 1809-3191 Relevância e impactos dos sistemas de controle de tráfego marítimo http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br./index.php/revistadaegn/article/view/5453 <p style="text-align: justify;">Este artigo discute os possíveis benefícios da implementação de sistemas de gerenciamento e informação do tráfego de embarcações (“vessel traffic management information system” - VTMIS) no âmbito do Porto do Rio de Janeiro, sob tutela da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ). A partir de uma base teórica, conceitual e empírica, defende-se que os sistemas de gerenciamento de tráfego marítimo possuem importância tanto para a segurança da navegação e das operações no espaço marítimo, como para a geração de impactos positivos relacionados a questões econômicas, ambientais, estratégicas e de defesa. Trata-se de uma pesquisa aplicada de natureza exploratória, cujas análises se apoiam no método indutivo, com elementos empíricos obtidos em pesquisa de campo na CDRJ. Realizou-se um levantamento bibliográfico e documental, artigos científicos e relatórios técnicos, em âmbito nacional e internacional. Foram ouvidos especialistas no tema. O trabalho aponta a natureza dual dos benefícios advindos do emprego de tecnologias avançadas na gestão das atividades portuárias, seja para a segurança da navegação, seja para a eficiência dos processos e atividades do porto, seja para o meio ambiente, seja para o incremento da consciência situacional marítima e, por conseguinte, da segurança marítima. Contudo, um alerta é feito para possíveis impactos sociais derivados de uma acelerada automação e digitalização dos serviços portuários. Por fim, a pesquisa conclui que é necessária a implementação de um sistema de gerenciamento e informação do tráfego de embarcações, no modelo VTMIS, para a adequação do porto aos padrões internacionais, no sentido de manter a competitividade e a sobrevivência do empreendimento portuário.</p> Jéssica Germano De Lima Silva William De Sousa Moreira Copyright (c) 2024 Revista da EGN 2024-03-05 2024-03-05 29 3 495 524 O "retorno do realismo"? Identidade, nacionalismo, e controvérsias historiográficas nas relações entre Ucrânia e Rússia http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br./index.php/revistadaegn/article/view/5358 <p>Apesar da recorrência de discursos nacionalistas e da vasta literatura<br>acerca do papel das identidades na política externa, o conflito entre Rússia<br>e Ucrânia foi acompanhado pela aparente revitalização do instrumental<br>teórico realista. Nessa perspectiva, ao ignorar o equilíbrio de poder e<br>dilemas de segurança, liberais e construtivistas teriam não só perdido<br>capacidade explicativa, mas seriam ainda responsáveis por produzir<br>diretrizes políticas que estariam entre as causas imediatas dos conflitos.<br>Neste artigo, argumentamos que identidades ainda guardam implicações<br>relevantes tanto nas estratégias da Rússia para o “exterior próximo”<br>quanto da Ucrânia em sua “política externa multivetorial”. Através da<br>análise das controvérsias historiográficas acerca dos povos da região e<br>do exame da instrumentalização da memória coletiva em discursos das<br>elites políticas, argumentamos que a dinâmica recente de conflitos na<br>região não está descolada das narrativas de assimilação e alteridade entre<br>russos e ucranianos. Considerando que narrativas históricas são fiadoras<br>de práticas de segurança e parte constituinte das reivindicações políticas<br>do presente, argumentamos que a literatura sobre disputas geopolíticas no<br>antigo espaço soviético não pode prescindir de sua análise.</p> Daniel Edler Duarte Marcelo M. Valença Copyright (c) 2024 Revista da EGN 2024-02-15 2024-02-15 29 3 525 558 Political geography and brazilian naval strategic studies http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br./index.php/revistadaegn/article/view/5336 <p>Can political geography guide brazilian social, political, and strategic thinking in order to overcome strategic vulnerabilities for sustentable national development? This research question pertains to the knowledge applied to marine spatiality. The central objective goes through the discussion of relevant concepts of Political Geography and Brazilian Naval Strategic Thinking, such as space-time compression, rationalities, versus rationality, globalization and unequal development, from classical authors such as Milton Santos and Almirante Vidigal. Their intellectual constructions, in correlation with the strategic studies, aim to establish an autonomous strategic thinking, in order to overcome internal and external political obstructions made by national politics and hegemonic power blocs to sovereignties and development of peripheral coastal States. The methodology involved the bibliographic qualitative analysis of the theme, serving as a basis for interrelations andanalyses that provided a new focus or approach to solve thequestion proposed, reaching innovative conclusions.</p> Alexandre Rocha Violante Eurico De Lima Figueiredo Copyright (c) 2024 Revista da EGN 2024-01-29 2024-01-29 29 3 559 591 Os compromissos do desarmamento nuclear http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br./index.php/revistadaegn/article/view/5360 <p>Em 1995, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares teve<br>aprovada sua vigência indefinida mediante quatro compromissos dos<br>Estados nuclearmente armados: a vigência do Tratado de Banimento<br>Completo de Testes Nucleares; o início de negociações para o banimento<br>do material físsil; a redução das armas nucleares para o desarmamento<br>geral e completo; e o estabelecimento de uma Zona Livre de Armas<br>de Destruição em Massa no Oriente Médio. Tais compromissos não<br>foram cumpridos, exceto o terceiro, que o foi parcialmente, e este<br>artigo procura analisar como as condições que provocam tal situação<br>afetam o progresso do Regime Internacional de Não Proliferação<br>Nuclear em direção à meta idealista do mundo sem armas nucleares.<br>Conclui-se que, devido à visão realista das tensões globais, a segurança<br>nacional prevalece sobre a internacional. Por isso, os dois primeiros<br>compromissos foram substituídos por moratórias voluntárias, sem<br>garantias; no terceiro, a redução do número de armas foi interrompida,<br>quiçá aumentando; enquanto o quarto não tem perspectivas de<br>cumprimento. Assim, o regime caminha para dois níveis de poder<br>nuclear, um defensivo e outro de disputa hegemônica, enquanto os<br>compromissos do desarmamento permanecem mera retórica.</p> José Augusto Abreu de Moura Alvaro Augusto Dias Monteiro Copyright (c) 2024 Revista da EGN 2024-02-15 2024-02-15 29 3 592 626 Gestão institucional na FAB http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br./index.php/revistadaegn/article/view/5337 <p>Este trabalho tem por objetivo realizar um estudo da governança e<br>da gestão institucional do Comando-Geral de Apoio, organização<br>logística da FAB responsável pelo sustentáculo do Poder<br>Aeroespacial. Utilizando-se da metodologia do estudo de caso e<br>tendo o próprio COMGAP como objeto de estudo, a pesquisa realizou<br>uma abordagem qualitativa para a análise do tema, buscando coletar<br>as informações através do levantamento bibliográfico relacionado<br>ao gerenciamento da cadeia de suprimentos, governança e emprego<br>do Balanced Scorecard (BSC) e, também, pela análise documental<br>nas legislações da FAB. No decorrer do estudo, procurou-se<br>mostrar a possibilidade de emprego do Balanced Scorecard como<br>ferramenta de medição de desempenho organizacional e gerador<br>de sinergia com os demais envolvidos no processo logístico. Como<br>resultados foram levantados os stakeholders internos ao COMAER<br>envolvidos no processo logístico da FAB, bem como as ferramentas<br>gerenciais utilizadas pelo COMGAP para esse gerenciamento. O<br>estudo também apresenta algumas medidas de desempenho para<br>a composição de um BSC voltado para a logística. E conclui ser<br>possível a criação e o emprego de um BSC adaptado e voltado para<br>a medição de desempenho logístico do COMGAP.</p> Fernando Vitor Da Silva Neves Newton Hirata Copyright (c) 2024 Revista da EGN 2024-01-29 2024-01-29 29 3 627 662 Implicações da ética utilitarista na fundamentação da ética militar http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br./index.php/revistadaegn/article/view/5340 <p>O presente trabalho intenta investigar as controvérsias e<br>implicações da ética utilitarista moderna para fundamentar a ética militar na sociedade contemporânea. Apesar de sua grande importância no contexto contemporâneo, é evidente que a ética utilitarista quando aplicada sem o uso correto da razão pode levar a consequências danosas a sociedade, ferindo o princípio da dignidade humana.<br>Nesse sentido, surge a questão: podemos levar até as<br>últimas consequências a máxima da ética utilitarista, que<br>defende que uma ação será moralmente correta se tende a promover a felicidade e o prazer, e ser condenável se for o contrário disto, considerando a felicidade não somente do sujeito da ação, mas de todos afetados por aquela ação? A partir dessa problemática colocada nos propomos: num primeiro momento, analisar os princípios que fundamentam a ética utilitarista a partir das contribuições de Jeremy Bentham e John Stuart Mill; num segundo momento, apresentar como o utilitarismo se transformou numa corrente filosófica que fundamenta a ética militar, e posteriormente, investigar quais os desafios e limites de tal prescrição ética se tratando de um cenário real de guerra.</p> Leonardo Nunes Camargo Copyright (c) 2024 Revista da EGN 2024-01-30 2024-01-30 29 3 663 681 Mudanças climáticas, defesa e migração http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br./index.php/revistadaegn/article/view/5359 <p>O artigo explora como eventos climáticos extremos e<br>alterações nos padrões climáticos, resultantes do aquecimento<br>global, provocam deslocamentos populacionais significativos.<br>Essas migrações têm implicações cruciais para a estabilidade<br>geopolítica global e a resiliência de comunidades vulneráveis.<br>Compreender os impactos das mudanças climáticas na<br>dinâmica da migração é essencial para estratégias de<br>segurança nacional em um mundo transformado pelas<br>alterações climáticas. EUA, União Europeia e OTAN são<br>atores-chave na discussão global sobre mudanças climáticas,<br>segurança e migração. Analisando as estratégias desses atores,<br>o artigo busca tecer reflexões sobre adaptação climática, gestão<br>de migração e segurança, antecipando questões relevantes<br>para o caso brasileiro.</p> Bruno Magalhães Copyright (c) 2024 Revista da EGN 2024-02-15 2024-02-15 29 3 682 708 O lócus e o modus do planejamento estratégico http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br./index.php/revistadaegn/article/view/5290 <p style="text-align: justify;">Este trabalho busca refletir a múltipla abordagem conceitual sobre o termo ‘estratégia’ que se desdobra na apropriação por múltiplas áreas de conhecimento que alocam conceitos teórico-normativos distintos e, consequentemente, abordagens distintas no processo de planejamento estratégico. Feita a particularização ao planejamento estratégico de mais alto nível do setor público brasileiro, desdobra a discussão sobre os níveis de decisão política e de efetivação dessa decisão em ações. Para tanto, aborda quais as questões estratégicas devem ser respondidas com o planejamento estratégico (Por quem? – Órgão / Instituição responsável pela execução; Como? – elucidação de procedimentos de execução; Quando? – identificação de recortes temporais; Indicadores de acompanhamento, órgãos de controle, órgãos de medição, metas parciais e finalísticas? – identificação de Indicadores de Acompanhamento /Monitoramento; Recursos? – previsão de fontes de recursos diversos; e; Quais Planos, Programas e Ações Estratégicas são aplicáveis?). Decorrente da multiplicidade de abordagens conclui propondo o faseamento do processo de planejamento estratégico em três fases (fase estratégica, fase estratégico-operacional e fase de controle estratégico-operacional), que congregam doze etapas para sua efetivação.</p> <p style="margin-top: 0.21cm; margin-bottom: 0.21cm; line-height: 100%;" align="justify"><br><br></p> André Panno Beirão Copyright (c) 2024 Revista da EGN 2024-03-27 2024-03-27 29 3 709 745