Posicionamento com correção em tempo real ou pós-processado

Qual o melhor custo-benefício para reduções batimétricas GNSS?

  • Felipe Rodrigues Santana
  • Cláudia Claudia Pereira Krueger
  • Érica Santos Matos Baluta
  • Elias de Castro Nadaf
Palavras-chave: Hidrografia, maré, GNSS, posicionamento, incerteza

Resumo

Uma das maiores fontes de incerteza vertical nos levantamentos batimétricos consiste no processo de redução de sondagem, pois a maré medida na costa não necessariamente será a mesma no local e instante onde se encontra a plataforma de sondagem. Uma das formas de reduzir consideravelmente tais incertezas consiste em utilizar a variação das altitudes elipsoidais da antena GNSS da lancha como representativa das oscilações do nível do mar e da atitude da embarcação. Tradicionalmente, a DHN utiliza para o posicionamento 3D (horizontal e vertical) de seus navios, um
sistema de posicionamento com correção Global (GcDGNSS) pago, desenvolvido pela NASA, que utiliza o software RTG. Nesse artigo é feita a comparação desse método com outros pós-processados, tais como o PPP e o PPK, para um período de 12 horas, quando a lancha permaneceu atracada junto ao marégrafo do Clube Naval Charitas, na Baía de Guanabara. O RTG apresentou um RMS (95%) de 8,26 cm, enquanto o PPP de 5 cm e o PPK de 3,3 cm. Dessa forma, nota-se que esses dois últimos métodos, além de serem gratuitos, possuem incertezas menores. Por fim, as vantagens e desvantagens desses métodos serão discutidos nesse artigo, a fim de subsidiar a decisão da DHN sobre a adequabilidade no emprego de recursos para contratação do serviço RTG. O uso de métodos pós-processados é útil para todas as áreas do posicionamento hidrográfico e oceanográfico.

Publicado
2023-11-30